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Marco Nanini apresenta “Beije minha Lápide” a preços populares no Recife

O espetáculo, que presta uma homenagem ao escritor irlandês Oscar Wilde, será encenado nesta quarta (30) e quinta-feira (1º), às 20h30, no Teatro Rio Mar

Divulgação

O ator pernambucano Marco Nanini traz ao palco do Teatro RioMar, nesta quarta (30) e quinta-feira (1º), às 20h30, o espetáculo Beije minha Lápide. Com texto inédito de Jô Bilac e direção de Bel Garcia, a peça evoca o universo do escritor irlandês Oscar Wilde (1854-1900), por quem Nanini nutria um antigo desejo de trabalhar com sua obra. A montagem, que conta ainda com a participação dos atores Carolina Pismel, Júlia Marini e Paulo Verlings, narra a história de Bala (Nanini), ardoroso fã de Wilde que está preso por quebrar a barreira de vidro que isola o túmulo do escritor no célebre cemitério de Père Lachaise, em Paris. Os ingressos custam R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia-entrada).

Se o drama de Bala é fictício, a proteção da sepultura é real e foi colocada por conta de um curioso ritual que os fãs de Wilde faziam ao visitar o local, ao beijar a tal lápide. “O texto tem muitas analogias com a vida e a obra de Wilde, com algumas citações mais explícitas e outras que se refletem nas falas e nas histórias das personagens. Quem não conhece Oscar Wilde vai entender perfeitamente e esperamos que saia querendo conhecê-lo mais”, explica Nanini.

Foi na prisão onde Wilde escreveu De profundis, uma de suas obras mais importantes, espécie de carta de amor escrita diariamente durante os dois anos em que esteve encarcerado. O texto documenta a conturbada relação de amor e ódio que manteve com Lord Alfred Douglas. Em uma profunda autoanálise de consciência, Wilde tece reflexões e observa à distância a sua própria tragédia. “O enredo já tem uma imagem forte e asséptica, ao trazer o protagonista preso em uma cela de vidro. A partir disto, a iluminação, a música e as projeções ajudam a trazer uma ‘temperatura’ para a cena”, resume Bel. “O vidro ironiza de forma bem cruel esta sensação de confinamento, pela qual Wilde passou injustamente, ao ser condenado por sodomia”, assinala Nanini.

De profundis traz Wilde fora de sua vida de luxo e sucesso que tinha desde então e mostra como a prisão redimensionou as suas percepções sobre a vida e a morte”, conta Jô Bilac, que criou a peça inspirado pela força que o discurso do escritor ainda tem. Nanini concorda: ‘‘De Profundis é quase um milagre pela forma com que foi escrita. Não somente os temas de Wilde que são atualíssimos, mas também a sua escrita irônica e elegante”, afirma Nanini, cujo tempo livre tem sido dedicada à pesquisa e releitura de textos do irlandês.

Serviço
Espetáculo Beije Minha Lápide
Quando: 30 de setembro (quarta) e 1º de outubro (quinta), às 20h30
Onde: Teatro RioMar: 4º piso do RioMar Shopping – Av. República do Líbano, 251, Pina, Recife
Quanto: R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia)
Informações: (81) 4003.1212

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