Mepe celebra os 80 anos do mestre José de Moura
Exposição no Museu do Estado de Pernambuco abre nesta quinta-feira (28) e vai até 31 de dezembro
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Tirem o chapéu para o mestre das artes visuais José de Moura, que nos brinda com uma bela exposição para celebrar seus 80 anos de vida e de valorização da cultura pernambucana. O evento é realizado no Museu do Estado de Pernambuco (Mepe), de 28 de novembro a 31 de dezembro, com abertura marcada para as 19h desta quinta-feira.
José de Moura é um artista de relevância para as artes visuais de Pernambuco, pertencendo à mesma geração de ouro de nomes como João Câmara, Marisa Lacerda, Roberto Lúcio, Dellano, José Carlos Viana e tantos outros grandes artistas do Estado. Moura estudou na Escola de Belas Artes e, durante esse período, aprofundou seu conhecimento na técnica do desenho. Inspirado pelo espanhol Pablo Picasso, desenvolveu um estilo próprio, com pinceladas precisas e cores intensas, sem comprometer sua sensibilidade e sutileza. Suas obras são reconhecidas por temas lúdicos e emocionantes e sua contribuição para o cenário artístico pernambucano é vasta e rica.
Artisticamente conhecido como J. Moura, ele afirma: “Sempre que estou pintando estou contando histórias. E quando estou contando histórias estou pintando. Essa correlação existe desde os primeiros trabalhos. Agora mesmo não sei se estou contando histórias para o Rei ou fazendo pinturas para a Rainha”. Suas palavras refletem a profundidade com que ele vê o processo criativo, que para ele é um ato solitário e encantador, um momento de criação em que sua arte ganha vida.
Nascido em 21 de agosto de 1944, José Alves de Moura Filho formou-se em desenho arquitetônico & decoração na Escola Técnica Federal de Pernambuco (1962-1965) e continuou sua formação na Escola de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em que estudou pintura e escultura e obteve licenciamento em desenho (1967-1969). Em 1982 realizou uma viagem de estudos à Europa que influenciou profundamente sua arte. Foi também, em 1981, diretor-presidente da Oficina Guaianases de Gravura, em que contribuiu para o desenvolvimento da gravura em Pernambuco.
Weydson Barros, amigo e entusiasta da obra de Moura, descreve a arte do pintor como “um romance que vive, um poema que grita – é gesto”. Segundo ele, “na tela, há uma realidade virtual que se descobre – uma visão sagrada e a missão do artista em fazê-la viva. Pintar é escrever com a luz”. No catálogo da exposição encontram-se depoimentos inspiradores de amigos e admiradores que celebram a magia e a profundidade do trabalho de J. Moura.
O diretor do Mepe, Rinaldo Carvalho, ressalta a relação duradoura do museu com o artista: “J. Moura já é de casa. Ele já expôs no Mepe e é sempre um prazer tê-lo novamente aqui. Acreditamos que essa nova exposição será um grande sucesso”.
Além de celebrar a trajetória de um dos grandes nomes das artes plásticas pernambucanas, exposição é uma oportunidade única para o público conhecer e se encantar com as histórias e a criatividade do mestre José de Moura.
