Nota de pesar pelo falecimento de Antônio Cadengue
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A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe lamentam o o falecimento do diretor e professor de teatro Antônio Cadengue, aos 64 anos, um dos mais experientes encenadores de Pernambuco e importante teórico das artes cênicas no Brasil.
A partir dos anos 1970, período em que fundou a Companhia Práxis Dramática, o pernambucano nascido na cidade de Lajedo ganhou destaque na produção cênica do Nordeste por jogar luz sobre temas e narrativas para além do imaginário rural e da cultura popular. Já em 1990, depois de criar a Companhia Teatro de Seraphim, especializou-se no repertório de Nelson Rodrigues, tendo encenado grandes obras da dramaturgia brasileira, como “Toda Nudez Será Castigada” e “Viúva, Porém Honesta”. Sua trajetória é marcada ainda pela atenção às pautas das minorias e do teatro de contracultura, muito a partir da aproximação, no final dos anos 1970, com o Grupo de Teatro Vivencial, que teve como expoente Roberto de França (Pernalonga), homenageado do Prêmio de Teatro do Governo do Estado.
Mestre e Doutor pela Escola de Artes e Comunicação da Universidade de São Paulo – USP, Cadengue deixa como importante contribuição uma tese sobre a história do Teatro de Amadores de Pernambuco, que deu origem ao livro “TAP – Sua Cena & Sua Sombra: O Teatro de Amadores de Pernambuco”, publicado pela Cepe Editora.
Que sua dedicação às artes cênicas brasileiras, expressa em quase 50 anos de carreira, siga inspirando a todos nós; e que sua brilhante trajetória ilumine sempre os caminhos dos que acreditam na arte e na cultura humanista como instrumentos para a libertação do homem de toda forma de opressão e preconceitos, para a transformação da sociedade.
Marcelino Granja
Secretário de Cultura de Pernambuco
Márcia Souto
Presidente da Fundarpe.
