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País das Artes Cênicas celebra em Arcoverde a força das lutas sociais

Se Eu Fosse Malcolm? e Zenaide Bezerra: Um Espetáculo para Eternizar deram o recado com conscientização

Dois espetáculos recifenses, um de dança e outro de teatro, celebraram no palco do País das Artes Cênicas a força das lutas sociais, nesta sexta-feira (23), no município de Arcoverde (Sertão), sétima etapa do Festival Pernambuco Meu País. Zenaide Bezerra: Um Espetáculo para Eternizar, da Cia. Fazendo Arte, e Se Eu Fosse Malcolm?, Eron Villar & DJ Vibra, despertaram a consciência do público que compareceu ao palco montado na Antiga Estação Ferroviária, na Avenida Zeferino Galvão, ao lado da Rua Barão do Rio Branco.

Zenaide Bezerra: Um Espetáculo para Eternizar apresenta a vida da renomada passista de frevo e professora de danças populares que dá título à produção. Sua história é narrada por meio das danças típicas de Pernambuco, como coco, xaxado e frevo. A performance se desenrola em oito cenas, cada uma destacando a expressividade das coreografias, incorporando passos aprendidos diretamente em workshops ministradas pela própria passista. Durante quase uma hora, revela-se uma jornada vibrante e autêntica que mergulha nas tradições e na arte da dança pernambucana oferecendo ao público uma experiência única e envolvente.

A própria professora conta sua história de vida, em formato de autotributo. Mulher negra, idosa, Patrimônio Vivo do Recife, Zenaide Bezerra é a mais antiga passista de frevo em atividade no Brasil. A apresentação intercala diversos ritmos contando a trajetória de vida e profissional da artista. Simultaneamente um vídeo é projetado com a passista. No número final, ela mesma surge dançando.

Se Eu Fosse Malcolm? é uma performance cênico-musical inspirada no legado do americano Malcolm X, uma das vozes mais expressivas no combate à segregação racial no mundo. Eron Villar e DJ Vibra, que também assinam a produção geral, constroem um espetáculo que passeia entre a música contemporânea e o teatro épico-narrativo numa abordagem crítica decolonial com enfoque para o recorte de raça e gênero.

Com interação constante com o cenário, durante uma hora o duo troca de figurino, move objetos e se alterna no comando da mesa de som. Os sons são parte fundamental na construção do espetáculo.

A peça, realizada por Estrela Negra e VillaLux, conta com texto, iluminação e cenografia assinados por Eron Villar; trilha sonora de DJ Vibra, com interpretações dos músicos D Mingus e Theo Brasil; preparação corporal de Fábio Cabide; confecção de figurinos e maquiagem de Juannita Lyra; operação de luz de Nadjeckson Lacerda; vídeos de Morgana Narjara, via Colibri Audiovisual; produção executiva de Brunna Martins e Patrick Tor4.

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