País das Culturas Populares vai com o “autoemotivo” Zuzuada ao distrito de Caraíbas
Palco das manifestações da cultura popular do Festival Pernambuco Meu País foi até o distrito na zona rural de Arcoverde, nesta sexta-feira (23), com o anfitrião Boi Diamante e outras atrações da cultura popular
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Afrorec/Secult-PE/Fundarpe

O Boi Diamante, de Arcoverde, foi uma das atrações do País das Culturas Populares em Caraíbas
O distrito de Caraíbas, em Arcoverde, parece de outro tempo, com seus 1200 habitantes e poucas ruas que confluem para a Igreja Nossa Senhora do Rosário. Em frente a ela, existe uma praça que reuniu a população local, nesta sexta-feira (23), para ver de perto a programação do Festival Pernambuco Meu País, com o Zuzuada no País das Culturas Populares. Passaram por lá atrações como o Presépio Mamulengo Invenção Brasileira Espetáculo de Cênicas (Nazaré da Mata), o Boi Diamante (Arcoverde), o Coco de Mulheres (Recife) e o Grupo Mazuca da Quixaba (Recife), que levaram animação e lazer para os moradores da região onde, em 1938, foi fundado o Reisado de Caraíbas.
Idealizador e organizador do Zuzuada no País das Culturas Populares, o artista Helder Vasconcelos utiliza uma expressão criada por Roger de Renor para explicar o que é a ideia: um veículo “autoemotivo” criado com a proposta de estabelecer um espaço artístico na rua, inspirado no Som na Rural.
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A Zuzuada levou a cultura popular ao distrito de Caraíbas nesta sexta-feira (23)
“No caso da Zuzuada, trata-se de uma kombi que chegou para dar suporte aos ensaios do Boi Marinho, outra criação minha, que sai no Carnaval na Rua da Moeda, no Bairro do Recife, há 17 anos”, explicou o artista.
Helder Vasconcelos também falou sobre a felicidade de ter recebido o convite do Festival Pernambuco Meu País, por parte do Governo do Estado, para pilotar o veículo “autoemotivo” pelas cidades por onde o passa.
“É um palco itinerante, fora do grande eixo das cidades, e eu acho que ele tem essa relação com a cultura popular, com as praças. E a curiosidade afetiva das pessoas é interessante, elas veem um carro usado para o transporte e que, de repente, está servindo para uma estrutura de arte. É muito legal perceber esse retorno por parte do público”, celebrou o idealizador da Zuzuada.
Conhecida como a terra dos bois, Arcoverde recebeu no País das Culturas Populares um anfitrião da casa, o Boi Diamante, fundado em 2008. O brinquedo conta com pessoas de todas as idades e segue firme na ideia de fortalecer a cultura popular arcoverdense, mantendo viva a tradição da manifestação cultural.
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População do distrito de Caraíbas viveu uma imersão na cultura popular pernambucana
Quem coordena o Boi Diamante é o brincante Wilton Freire, que revelou uma felicidade grande do grupo por ter recebido a missão de levar a cultura popular ao distrito de Caraíbas, “É um lugar com pouco acesso à arte, e eu acho incrível a ideia de trazer as manifestações culturais para os distritos, para a zona rural”, destacou Wilton Freire.
“A gente veio com muito carinho para Caraíbas, entendendo que a cultura incentiva as pessoas. Eu acredito que para a zona rural, para os distritos, quando têm essas oportunidades, é muito válido e bonito. Porque a população tem a oportunidade de ver, de conhecer, de aprender e de valorizar a nossa cultura popular”, pontuou o coordenador do Boi Diamante.

