Pular a navegação e ir direto para o conteúdo

O que você procura?
Newsletter

Notícias cultura.pe

Palco das Culturas Populares Zuzuada estreia grupos de coco de roda na Vila Real de Cimbres, em Pesqueira

Proporcionando o acesso a um estilo “diferente” de Coco de Roda aos moradores, apresentações do polo marcam sua estreia na Vila Real de Cimbres.

Ronny Colors/Secult-PE/Fundarpe

Ronny Colors/Secult-PE/Fundarpe

Coco de roda na Vila Real de Cimbres, em Pesqueira (PE)

A Vila Real de Cimbres, um povoado no alto da Serra do Ororubá, no agreste pernambucano, foi o local escolhido para sediar o palco das Culturas Populares Zuzuada, enquanto o Festival Pernambuco Meu País faz sua passagem pela cidade. Na noite desta sexta-feira (4), a inauguração do palco foi marcada por estreias: tanto dos grupos culturais Coco do Amaro Branco e Coco de Toré quanto de alguns jovens que presenciaram uma apresentação desse tipo pela primeira vez.

O grupo olindense foi o primeiro a se apresentar na noite. Eles decidiram subir uma ladeira diferente da São Miguel, que dá acesso ao bairro do Amaro Branco em Olinda, e subiram a serra até o palco situado em frente à paróquia de Nossa Senhora das Montanhas. Em pouco tempo, a população local foi contagiada pelo rufar “diferente” dos tambores, como afirma Maria de Fátima, uma moradora de 57 anos, aposentada da agricultura.

“Aqui tem umas pessoas que fazem esse samba de coco, mas é diferente desse aí, sabe? É diferente porque fazem aquelas rodas, pinotam muito, e aí, assim, achei um pouco diferente, mas muito bonito.”

E essa primeira impressão não se restringe apenas aos mais velhos. Diversos jovens afirmaram que não conheciam nem mesmo o Coco de Roda feito pela comunidade e foram além: também nunca haviam presenciado uma apresentação de Maracatu ou de Frevo, eventos que aconteciam logo ao pé da serra. As estudantes Ana Cláudia e Danielle, ambas com 15 anos, disseram que se identificavam com outros jovens da mesma idade que nunca tinham presenciado algo do gênero.

“É muito interessante, divertido, animado. É que aqui a gente dança mais forró, não é essas coisas de cultura. Com certeza eu iria para outra cidade para ver mais desse aqui. Tenho muita vontade de ver lá em Recife.” Afirmou Ana Cláudia, após ver o encerramento dos grupos.

Ronny Collors/Secult-PE/Fundarpe

Ronny Collors/Secult-PE/Fundarpe

Coco de roda na Vila Real de Cimbres, em Pesqueira (PE)

A possibilidade de troca entre mestras e mestres, produtores culturais e o grande público de diversas partes do estado enquanto transitam por essas regiões é um dos objetivos do Festival Pernambuco Meu País. Quem enfatizou a importância dessa troca, “de levar o Coco de Roda de lá para cá e trazer as manifestações culturais daqui para lá”, foi a produtora cultural Isa Mello, integrante do grupo Coco do Amaro Branco.

“Uma coisa que eu acho incrível é a descentralização da oferta cultural porque tudo acontece no centro. Então, quando você se desloca para outras localidades e que geralmente elas não são bem distantes do centro, a roda acontece, a brincadeira acontece e enfim, é uma magia, e é importante”.

< voltar para PE Meu País