Recifest, um dos maiores festivais de cinema LGBT do Brasil, realiza edição on-line
Evento acontece de 26 a 31 de março, com apoio da Lei Aldir Blanc, com exibição de 30 filmes curtas-metragens de vários estados brasileiros
Postado em: Audiovisual | Lei Aldir Blanc
Após um ano suspenso por conta da pandemia do novo coronavírus, vem aí mais uma edição do Recifest – Festival de Cinema da Diversidade Sexual e de Gênero. Será a primeira versão on-line de sua história, com apoio da Lei Aldir Blanc. A mostra, uma das maiores do segmento LGBT do Brasil, acontece de 26 a 31 de março, com a exibição de 30 filmes curtas-metragens de vários estados do país. As produções estarão disponíveis para visualização e votação popular por cinco dias. Haverá ainda a exibição de um longa-metragem surpresa, além de realização de duas oficinas (Drag Queen Curso e Documentando) e rodas de diálogos. Toda a programação é gratuita e a classificação indicativa é para maiores de 16 anos.
“Em um momento tão delicado, decidimos que era hora de nos reinventarmos. Não dava para ficar mais um ano sem promover o Recifest, porque acreditamos na insistência da produção cultural, na importância da luta coletiva”, explica Rosinha Assis, produtora do festival ao lado de Carla Francine.
Diferentemente de outras edições, este ano, os curtas vencedores não receberão premiação em dinheiro. A novidade é que todas as obras serão contempladas com o pagamento dos direitos pela exibição no festival, e concorrerão aos troféus do festival, que serão conferidos por um júri oficial e por um júri popular, para eleição dos melhores filmes nacionais e pernambucanos.
O evento é uma realização das produtoras Olinda Produções e Casa de Cinema de Olinda.
As inscrições para as oficinas estão abertas e seguem até o dia 12 de março. Um dos workshops promovidos pela VIII edição do Recifest é o “Drag Queen Curso – Imersão Drag”, que acontece durante a realização do festival, das 19h30 às 21h, propondo uma imersão na arte drag. A oficina será ministrada por Zé Carlos Gomes e sua persona drag, Sheyla Müller.
O segundo workshop é o Documentando, um projeto de formação audiovisual em atividade há mais de 10 anos. O cineasta Marlom Meirelles, um verdadeiro caçador de histórias e fundador da Eixo Audiovisual, uma produtora independente de cinema, vídeo e TV, é o ministrante do curso. Já as aulas acontecem de 8 a 19 de março, na modalidade pré-gravada, e de 22 a 24 de março, com aulas online e ao vivo, das 14h às 17h.
As inscrições, gratuitas, devem ser feitas neste link. Serão priorizadas inscrições de pessoas trans, não binárias, negras ou indígenas e residentes em comunidades periféricas.
“O Recifest é uma luta coletiva. Nasce da união de trans, bis, lésbicas, agêneros e com o apoio dos antifascistas e antirracistas, negros, pardos, índios e brancos não LGBTfóbicos ou misóginos. Estamos prontos para lutar e promover essa arte engajada também nesta oitava edição”, resume Carla Francine. A programação completa, e também link para inscrição nas oficinas, está no site www.recifest.com e no instagram @recifestoficial.
