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Secult-PE avalia o FIG como o festival da retomada, da circulação da arte, da cultura e da alegria em todo Estado

Durante os 17 dias do maior, melhor e mais intenso festival de cultura e arte integradas da América Latina, o Governo de Pernambuco estima que cerca de 1,4 milhão de pessoas circularam pela cidade. Mais de 850 artistas e grupos foram contratados, sendo mais 90% do Estado

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Felipe Souto Maior/Secult-PE/Fundarpe

Em média, 1,4 milhão de pessoas circularam pela cidade nos últimos dias

Mais do que números superlativos, a edição do Festival de Inverno de Garanhuns tem como marca indelével a volta de um sentimento de prazer único que só a apreciação da arte e a experiência cultural proporcionam. Depois de dois anos de pandemia e de paralisação de todas as atividades, sobretudo as que proporcionam aglomeração (como é a característica intrínseca dos eventos), a tradução do êxito do FIG 2022 está definitivamente no que ele proporcionou aos seus milhares de apreciadores: o prazer de rever seus artistas preferidos, mas também todas as possibilidades de se abrir ao desconhecido: artistas, estéticas, tendências, pensamentos.

Estar no FIG é respirar arte vinte e quatro horas por dia, é portanto aprender, transformar pensamentos e impregnar-se das melhores emoções e experiências. Esse ano, o festival saltou para oferecer em torno de 850 atrações, distribuídas em 25 espaços de programação, espalhados por toda cidade. Da manhã até a madrugada, sob uma temperatura que podia chegar aos 15º, o público pode conferir atrações de todos os segmentos da cultura: música, cultura popular, artes visuais, design, moda, fotografia, cinema, gastronomia, artesanato, teatro, circo, dança e literatura. Em paralelo, uma robusta programação de formação cultural, com workshops, seminários e oficinas. Desde seus primeiros anos, o FIG sempre foi uma plataforma de construção de novos saberes e fazeres.

Um investimento ainda maior do Governo de Pernambuco garantiu para essa edição especial de 30 anos mais de 850 contratações artísticas – envolvendo um universo de milhares de artistas e grupos majoritariamente pernambucanos. Por meio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), tendo como parceiro a Prefeitura de Garanhuns, o FIG 2022 deu a largada com a programação no Palco Mestre Dominguinhos, polo com a maior concentração de público e que teve a esplanada lotada em vários dias. Segundo a organização, a média diária de plateia foi na casa dos 45 mil pessoas. Durante os 17 dias, a organização estima que cerca de 1,4 milhão de pessoas circularam pela cidade, um recorde de público do festival.

Em polos como a Lona de Circo Índia Morena, Praça da Palavra, Cine Eldorado, Armazém das Artes e Negócios, Polo Estação, Centro de Produção Cultural Tecnologia e Negóciosdo Sesc (com ações de Gastronomia, Dança, Plataforma FIG), e Galeria Casa Galpão houve lotação de público em diversas sessões. O 30º FIG termina consagrado como o mais importante evento do calendário artístico e cultural de Pernambuco.

Diogo Fernandes/Secult-PE/Fundarpe

Diogo Fernandes/Secult-PE/Fundarpe

Maior polo cultural do FIG, o Palco Mestre Dominguinhos registrou recorde de público em vários dias do evento

“A qualidade artística do FIG é inquestionável, mas o que mais me impressiona é essa potência que o FIG é enquanto um evento que promove a troca, a união, a reunião, o compartilhamento de ideias, a circulação de múltiplas estéticas, e acima de tudo, dentro de um clima de paz, de amizade, de irmandade, é um evento que promove uma transformação em quem nele mergulha. O FIG é um formador de novos públicos e contribui para uma compreensão maior sobre a formação da identidade do nosso povo”, destaca Oscar Barreto, secretário de Cultura de Pernambuco.

PARCEIROS - Este ano, o FIG também contou com os apoios da Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco (Setur-PE), por meio da Empetur, Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe) e Moda Autoral de Pernambuco (Mape), Conservatório Pernambucano de Música, além da parceria com Sesc-PE e Sebrae-PE.

Como novidade este ano, foram oferecidas programações especiais e ações descentralizadas nos distritos de Iratama, Miracica e São Pedro, em Garanhuns, além da volta do Polo Castainho, no Quilombo Castainho (Zona Rural do município). Outro local que teve destaque na 30ª edição do FIG foi o CPC/Sesc, espaço recém-inaugurado no município que foi palco de uma série de atrações das linguagens de teatro, dança, gastronomia e audiovisual, assim como ações de formação e a Plataforma FIG.

FORMAÇÃO - Em 2022, o FIG reafirmou seu perfil formador, seu compromisso com a produção do conhecimento e com o papel transformador da cultura na vida das pessoas. Na sua 30ª edição, o Governo de Pernambuco em parceria com o Sesc-PE, a UFAP, Aesga – Casa dos Saberes, a Funase, o Quilombo de Castainho e coletivos indígenas, promoveu seminários, rodas de diálogo, palestras e exposições. Alguns exemplos de oficinas a serem oferecidas são sobre grafite e pintura; montagem de brinquedos; de break e dança de rua; restauro de roupas; seleção de modelos; culinária pernambucana; rimas e métricas; acrobacia; fotojornalismo para eventos; contação de histórias; técnica de palco e som; elaboração de projetos culturais e criação de podcasts.

PLATAFORMA - A programação na Plataforma FIG, espaço de circulação da produção cultural pernambucana em conexão com outros territórios e novos mercados de negócios, também mereceu destaque. Este ano, a Plataforma FIG contou com uma série de workshops de produção artística e direitos autorais e as mesas de discussão: Do mangue ao meta (verso); Do off-line para o digital – a transição da comunicação e religando os sons – festivais de música: a retomada. As ações contaram com a participação de artistas, jornalistas, articuladores culturais e representantes de festivais de diferentes pontos do Brasil.

CULTURA POPULAR - Começando no dia 22 e seguindo até o 31 de julho, a programação do Polo de Cultura Popular veio com destaques como os Patrimônios Vivos de Pernambuco Mestre Galo Preto, a Troça Cariri Olindense, Clube Elefante de Olinda e Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo. Ao todo, 80 atrações das mais diversas expressões da Cultura Popular subiram no palco localizado no Centro Comercial de Garanhuns.

HOMENAGEADOS - Seguindo a tradição de homenagear grandes nomes da cultura pernambucana e nacional, o 30º Festival de Inverno de Garanhuns prestou uma série de tributos a artistas e movimentos culturais importantes. Dentre eles, os 30 anos do Movimento Manguebeat; Banda de Pífanos Folclore Verde do Castainho; o bailarino e Patrimônio Vivo do Estado André Madureira; a atriz Geninha da Rosa Borges, o fundador do Boi da Macuca, Zé da Macuca, os músicos Henrique Annes, Guitinho da Xambá e Paulo Rafael, falecidos recentemente; e a Patrimônio Vivo do Estado Índia Morena, que teve seu nome estampado na lona de circo do FIG. Já a Praça da Palavra, espaço literário do FIG, recebeu o nome da escritora mineira Maria Carolina de Jesus, autora responsável pela célebre obra “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, publicada em 1960.

“Uma marca desta edição é a diversidade. A possibilidade que o Governo de Pernambuco dá ao público de poder assistir espetáculos nas mais diversas linguagens é o que mais me emociona e me impulsiona a coordenar este festival, porque acredito muito na força transformadora da cultura. A força do FIG está não apenas no entretenimento que promove – shows, concertos, espetáculos, exposições, capacitações, seminários e encontros diversos -, mas também no fato de ser uma vitrine do que de mais atual está sendo produzido pelos artistas nacionais, das mais variadas linguagens da arte. E a força que o FIG tem enquanto impulsionador da cultura, da economia da cultura e para trabalhar o olhar do público”, avalia André Brasileiro, curador e coordenador-geral do FIG 2022.

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