Seminário inicia no país debates e diálogos sobre o bicentenário da Independência do Brasil
Promovido pela Secult-PE, Seminário Internacional “Tantos Brasis, Tantas Independências: Os Diversos Sentidos da Emancipação Política Brasileira” reuniu, no Recife, 38 pesquisadores e docentes de 22 universidades do Brasil, Portugal e Inglaterra
Postado em: Secretaria de Cultura
Jan Ribeiro/Secult-PE

Uma das mesas teve como tema Escritos e ideias em movimento: impressos na época da Independência (1817-1824)
A Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) promoveu, de terça (29) a quinta-feira (31), o mais importante evento de debates sobre a Independência do Brasil realizado neste ano no país. O Seminário Internacional “Tantos Brasis, Tantas Independências: Os Diversos Sentidos da Emancipação Política Brasileira”, realizado no Museu Cais do Sertão, reuniu dezenas de pesquisadores e docentes de 22 universidades do Brasil, Portugal e Inglaterra, que se dedicam ao estudo do processo de independência, lançando luz sobre os diversos atores e dinâmicas envolvidos nesta trama histórica que comemora 200 anos. Ao longo de três dias, foram realizadas cinco conferências e 11 mesas-redondas, todas com transmissão ao vivo pelo Youtube da Secult-PE/Fundarpe (www.youtube.com/secultpe).
O seminário foi uma realização da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil, coordenada pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE) para celebrar os 200 anos deste momento histórico.
Jan Ribeiro/Secult-PE

Uma das participantes do encontro foi a professora Margarida Cantarelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP)
Para isso, a Secult-PE convocou outras instituições para a realização deste evento: Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Núcleo de Estudos do Mundo Atlântico da UFPE (NEMAtl). Além disso, a iniciativa contou com o apoio integral da Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe).
“Faço um agradecimento a todos que participaram da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil. Uma comissão que tem trabalhado com muito afinco e, por essa razão, também agradeço a todas as instituições que direta ou indiretamente, fazendo parte ou não da comissão, têm apoiado essa iniciativa da gente trazer pra Pernambuco o foco do debate sobre o bicentenário da Independência do Brasil. Bicentenário que não é apenas uma data, mas todo um processo, e que lamentavelmente conhecemos pelo grito do Ipiranga, e não como o processo das independências do Brasil”, celebrou Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.
Jan Ribeiro/Secult-PE

Inciativa foi promovida pela Secult-PE, por meio da Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasil
Colaboram com a Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasi várias outras instituições de Pernambuco, dentre elas as Secretarias Estaduais da Casa Civil; Educação e Esportes; Ciência, Tecnologia e Inovação; Turismo e Lazer; e Imprensa.
Além disso, participam a Procuradoria-Geral do Estado; Fundação do Patrimônio Artístico e Histórico de Pernambuco (Fundarpe); Facepe; Empresa Pernambuco de Comunicação (EPC); Empresa Pernambucana de Turismo (Empetur); Companhia Editora de Pernambuco (Cepe); Universidade de Pernambuco (UPE); UFPE; Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); Instituto Histórico, Arqueológico e Geográfico de Goiana (IHAGGO); IHO; Academia Pernambucana de Letras (APL); Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP); Museu da Cidade do Recife/Forte das Cinco Pontas; Gabinete Português de Leitura em Pernambuco (GPL); Prefeitura da Cidade do Recife; Museu do Estado de Pernambuco (Mepe) e Grande Oriente do Brasil (GOB).
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Uma das mesas teve como tema “As múltiplas independências: Grão-Pará e Maranhão, Espírito Santo e Minas Gerais”
DEBATES – No primeiro dia do seminário foi realizada, dentre uma série de atividades, uma mesa de debate sobre as influências internacionais no processo de independência do país, intitulada “Dimensões constitucionais e Direito Internacional na Independência”. A mesa contou com a presença da professora Margarida Cantarelli, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP); do professor Samuel Barbosa, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), que participou remotamente; e de Marcelo Casseb, professor da Universidade de Pernambuco (UPE) e vice-presidente do IAHGP, mediador do encontro.
Jan Ribeiro/Secult-PE

Colaboram com a Comissão Estadual para as Comemorações do Bicentenário da Declaração de Independência do Brasi várias outras instituições de Pernambuco, dentre elas as Secretarias Estaduais da Casa Civil; Educação e Esportes; Ciência, Tecnologia e Inovação; Turismo e Lazer; e Imprensa
O segundo dia de programação contou com uma diversidade de encontros, dentre eles dois debates de grande importância para o entendimento da Independência do Brasil: as mesas Escritos e ideias em movimento: impressos na época da Independência (1817-1824) e As múltiplas independências: Grão-Pará e Maranhão, Espírito Santo e Minas Gerais, com participantes de professores e pesquisadores de todo o país.
Já no terceiro dia, destaques como a mesa Historiografia(s) da Independências, com João Paulo Pimenta, da Universidade de São Paulo (USP), apresentando sua pesquisa “As guerras de Independência e o mito de uma história pacífica”; Flávio Cabral, da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), com uma apresentação intitulada “Pernambuco entre Lisboa e o Rio e a escrita na independência”; e Jurandir Malerba, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), com o tema “Democratizando a Independência: As efemérides e a escrita da história para grandes audiências”.
“Tivemos uma série de iniciativas como parte integrante deste evento que, desde o primeiro momento, talvez seja o mais importante evento de debates sobre a Independência do Brasil realizado neste ano no país. Contamos com uma diversidade enorme de assuntos que são fundamentais para se entender esses 200 anos de convivência com esses valores que foram construídos pela sociedade a partir de Pernambuco. É a partir daqui que a ideia da Independência do Brasil ganha fôlego, e isso não vemos nos livros de história”, destacou Gilberto Freyre Neto.
