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Silvério Pessoa: “Lula Queiroga é um incomum”

Mais recente CD de Lula, “Todo Dia é o fim do mundo”, é a dica desta semana no “Eu Indico”

Eric Gomes/Secult-PE

A seção Eu Indico convida, nesta semana, o cantor e compositor Silvério Pessoa. O pedagogo que virou músico e fez dos versos sincopados de Jackson do Pandeiro e Jacinto Silva a sua escolha poética e musical, une os vincos da nossa tradição popular – como o coco, a embolada, o maracatu – ao universo elétrico e eletrônico captado pela sua mente inquieta. Com cinco discos solo lançados, Silvério se prepara, agora, para o seu sexto álbum, em homenagem a Jackson, e para o show que realiza, próximo sábado (22), no Festival Pernambuco Nação Cultural.

Ele recomenda ao Cultura.PE e aos internautas o disco “Toda Dia é o Fim do Mundo” (2011), do cantor e compositor Lula Queiroga.

Tom Cabral/Secult-PE

O mundo precisa de poesias como as canções que Lula Queiroga escreve. Versátil, ferino, poético e recluso, Lula cria um mundo paralelo ao nosso e, através de suas composições, podemos reformatar nossa cabeça e acreditar que ser feliz é uma questão de jeito. Até chegar ao atual CD, ‘Todo Dia é o Fim do Mundo’, Lula criou três universos antes: “Aboiando a Vaca Mecânica”, “ Azul Invisível Vermelho Cruel” e “Tem Juízo mas não Usa” são trabalhos que confirmam a pegada contemporânea do som de Lula e, ao mesmo tempo, sempre apontando para um outro futuro, para um olhar diferente sobre a vida através de sua poesia, que termina se transformando em canções em pleno diálogo com o texto.

Lula Queiroga é um compositor de contextos, sua abordagem sonora é um trânsito caótico, um mar sem ondas, o amor em um trem de metrô, anjos, estrelas e um voo cego. Todo esse universo impacta-nos, pois o que poderia ser a horizontalidade de maneiras simples de criar uma canção, é a força simbólica que Lula utiliza para mostrar seu mundo híbrido entre o rock, o coco rasteiro e a doce melodia de suas canções. Nada comum, Lula é um incomum, e nesse planeta é muito bom saber que ele existe”.

Ouça duas canções do disco “Todo Dia é o Fim do Mundo”, de Lula Queiroga:

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