Neste final de semana, sexta-feira (18) e sábado (19), Pernambuco sedia uma oficina promovida pelo Ministério da Cultura (MinC) no Centro de Artesanato, no Bairro do Recife. O evento tem como objetivo debater o texto-base do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que guiará as políticas culturais do país nos próximos dez anos. A abertura solene do evento, que aconteceu durante a tarde desta sexta-feira foi realizada no Centro de Artesanato de Pernambuco, localizado na Av. Alfredo Lisboa s/n – Armazém 11 – Recife).

Produtores culturais, gestores, artistas e membros dos comitês e conselhos locais participaram ativamente da solenidade que contou com atrações culturais riquíssimas como a do Oba Orin que trouxe toda a sua ancestralidade por meio da música. De acordo com Mãe Diva, uma das vocalistas do coletivo, mostrar o grupo para outros fazedores da Cultura foi especial. “A nossa participação aqui foi de extrema importância, já que estamos tendo a oportunidade de participar ativamente do debate cultural do estado”, afirmou Mãe Diva.

Este é o terceiro encontro de uma série de oficinas que acontecerão em todas as capitais brasileiras. Aqui em Pernambuco, o evento está sendo conduzido pelos agentes do Ministério da Cultura, que atuam diretamente na gestão das ações do Plano Nacional. Durante a abertura, a secretária de Cultura de Pernambuco, Cacau de Paula, reforçou a disponibilidade do estado para que a política pública seja organizada da melhor forma possível.

“Quero destacar que é com imensa satisfação que o estado de Pernambuco acolhe este evento, que representa uma oportunidade única de participação e diálogo sobre o futuro das nossas políticas culturais. E dizer que todos vocês são muito bem-vindos sempre e que o nosso país Pernambuco sempre os receberá de braços abertos para que a gente possa construir, para que a gente possa dialogar cada vez mais”, declarou Cacau.

Durante a oficina, os participantes serão organizados em grupos para discutir os oito eixos estruturantes do novo Plano: Gestão e Participação Social; Fomento à Cultura; Patrimônio e Memória; Formação; Infraestrutura, Equipamentos e Espaços Culturais; Economia Criativa; Proteção Social, Emprego, Trabalho e Renda; Bem Viver e Justiça Climática; e Cultura Digital e Direitos Culturais.

Para o representante do Ministério da Cultura em Pernambuco, Feliciano Félix, com eixos estabelecidos a missão agora é construir as metas para cada estado. “Temos uma cultura potente, mas é necessário que isso esteja escrito em algum lugar como meta para que os governos que se sucedam cumpram aquilo que está escrito para que cada um que chegue faça o que acha que tem que ser feito na sua gestão. O plano não é um plano de gestão, é uma política pública de estado para a Cultura”, explicou.

Neste sábado (19), a oficina terá continuidade no Auditório Professor Clécio Lemos, das 09h às 18h (Campus Benfica – FCAP/UPE, Av. Sport Clube do Recife, 252, Madalena – Recife).

O Plano Nacional de Cultura

O novo Plano Nacional de Cultura (PNC) começou a ser discutido em 1º de outubro em Brasília, reunindo cerca de 70 representantes da sociedade civil. Previsto na Constituição Federal, o PNC estabelece diretrizes e metas para as políticas culturais no Brasil, servindo como guia para a elaboração de planos culturais em diferentes níveis de governo, sempre considerando as particularidades regionais. O plano atual, válido até dezembro de 2024, está sendo reformulado para se adaptar às mudanças recentes no país e garantir que as políticas culturais atendam às demandas da população.