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Tradição da poesia pernambucana no País da Literatura

Homenagem a Miró da Muribeca e recital da poeta Graça Nascimento embelezaram o dia de quem esteve no festival

A forte tradição pernambucana em recitais de poesia foi comprovada hoje durante as ações do País da Literatura do Festival Pernambuco Meu País. De tarde, Quem descobriu o azul anil? de David Biriguy ocupou a Fábrica de Criação Popular do Sesc, à noite o recital Nua aos 70 trouxe poesias recitadas pela autora Graça Nascimento.

O recital de David Biriguy celebrou a obra e o legado do poeta Miró da Muribeca, com o título de seu primeiro livro, uma produção independente publicada em 1985. Assim como Miró, o recital utilizou da expressão corporal para a declamação como uma forma de lembrar e homenagear o poeta popular do Recife.

Já Graça Nascimento trouxe à cidade, um recital desbocado e sem amarras, unindo poesia à desabafos sobre a sociedade e o papel da mulher contemporânea. Bom humor, emancipação feminina e sexo foram temas das poesias declamadas em Nua aos 70.

Com domínio de palco, consciência de seu papel e sem qualquer coisa que a prenda do alto de seus 70 anos, a poeta está em estado de Graça com o perdão do trocadilho. Toca em temas polêmicos, alguns tabus e outros que já deveriam ter sido superados sempre com tiradas sarcásticas e engraçadas.

“Nossa ideia é trazer a literatura para espaços públicos, como coreto e a fábrica, é demonstrar que literatura não é aquela coisa pura, trancada nas bibliotecas, hermética. E não é assim, literatura está em tudo e é pra todos”, disse José Jaime, assessor de literatura da Secretaria de Cultura de Pernambuco.

 

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