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Último final de semana do espetáculo “Breguetu” no Espaço Experimental

Vencedor do prêmio de Melhor Espetáculo de Dança do Janeiro de Grandes Espetáculos deste ano, a montagem se despede do público pernambucano nesta sexta-feira (15) e sábado (16)

Rogério Alves/Divulgação

Rogério Alves/Divulgação

Espetáculo promove reflexão sobre o universo do brega

“Brega! Ritmo, dança, estilo de se vestir”. Essa palavra e seu conteúdo carregam significados, história, classe social e rótulos distintivos. Brega, geralmente, se diz de tudo aquilo que se rejeita ou que se acha feio, no caso das roupas. E na música e dança há certa aproximação, já que muitos intitulam o que não gostam de brega, cafona. Independente do que se pense e de onde parta este pensamento, brega é brega e se sustenta como tal. Partindo desse mote, o Grupo Experimental encena neste fim de semana as últimas apresentações do espetáculo Breguetu, que esteve em cartaz desde abril, na sede da companhia, localizada na Rua Tomazina (Recife Antigo). A montagem, dirigida pela bailarina e coreógrafa Mônica Lira, traz uma reflexão sobre o movimento brega não apenas nos aspectos musical, da moda e da dança, mas, sobretudo, leva o público a um pensamento crítico a partir do envolvimento social promovido pelo gênero.

“(Não gostar de brega) é um discurso abstrato nas milhares de bocas que o tem como chiclete mastigado, que joga no chão e gruda novamente. Porque até quem odeia brega, escuta, dança ou veste algo brega. Alguns recusam-se a receber este título sem ao menos levar em conta que todos somos bregas em alguma coisa na vida, porque brega, no final das contas, é aquilo que faz sorrir, seja lá de qual forma for. O brega tem o poder de mudar humor, cheiro de cozinha e expressões populares. O brega é meu, seu, de quem quiser. Brega sou eu, breguetu. Brega é brega!”, diz Lira sobre a temática de Breguetu.

Além da encenação da montagem, o Experimental vai apresentar, no sábado (16), o resultado da pesquisa A dança no corpo desse lugar, que deu origem à obra, através de um material audiovisual. “O nosso espetáculo nasceu a partir desta pesquisa, que nos permitiu a integração às diversas e distintas manifestações culturais da cidade. Estudamos as formas, maneiras de se portar e andar, transformações no tempo, como dança o corpo desse lugar e quais referências diferenciam a dança que se faz aqui, propondo o estudo nesse/desse corpo experimental que constrói suas obras reconhecendo a si mesmo numa aproximação com seus pares”, contou Mônica. A pesquisa contou com incentivo do Funcultura.

A produção ganhou o prêmio Apacepe de melhor espetáculo de dança no Janeiro de Grandes Espetáculos deste ano, e poderá ser conferida nesta sexta-feira (15) e sábado (16), às 20h. Os ingressos custam R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia), e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, a partir das 16h.

Confira um teaser de Breguetu:

Serviço
Últimas apresentações de Breguetu
Dias: sexta-feira (15) e sábado (16), às 20h
Local: Espaço Experimental – Rua Tomazina, 199, 1º andar, Recife Antigo.
Ingressos: R$ 20 (inteira) /R$ 10 (meia)

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