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A Moranga Sagrada, um livro de contos para pensar a pós-modernidade

Publicação da Cepe Editora estabelece um diálogo com a mitologia, a filosofia, as artes e a literatura

Divulgação

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O escritor pernambucano J.C. Marçal

Onze contos entrelaçados pela temática da pós-modernidade integram o próximo lançamento da Cepe Editora, A Moranga Sagrada, do pernambucano J.C. Marçal. O livro, que fala de empoderamento feminino, superação, resiliência, de tecnociência em nossas vidas, do terror da ditadura e dos efeitos da pandemia da covid-19, é apresentado na próxima terça-feira (14), das 19h às 22h, no Orora Bar de Esquina, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.

De acordo com o autor, os textos têm duas origens. A primeira, a partir de 2017, quando ele formou na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) o grupo de pesquisa Pós-Modernidade e Tecnociência e o grupo de estudos Marxismo e Pós-Modernidade. E a segunda, a partir de 2020, quando teve início o distanciamento social como uma das medidas de controle da pandemia de covid-19. Apenas em maio de 2023 a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim da Emergência de Saúde Pública.

“Travando conhecimento com Lélia Gonzalez (escritora e ativista brasileira, 1935-1994), escrevi o conto Obá em que aparece o título do livro. A ideia era compor uma história que remetesse à força dessa orixá, ao empoderamento feminino e ao poder da escrita como forma de superação e resiliência. Em seguida, inspirado em uma escultura de Luciano Garbati (artista argentino), escrevi Medusa, que segue a mesma temática”, relata J.C. Marçal, escritor e professor na UFRPE.

Sob o impacto da pandemia ele criou Nós, os Infectados. “Além da pandemia em si, o conto discute o poder da arte como forma de dar sentido à vida. No caso foi a poesia e a pintura. Com esses três contos prontos decidi elaborar um livro que pensasse a pós-modernidade”, explica. No livro, J.C. Marçal estabelece um diálogo com a mitologia, a filosofia, as artes e a literatura.

Os textos Tortura e Fezes alertam para a necessidade de “mantermos a lembrança do terror da ditadura militar e os riscos de apostarmos em governos fascistas e ditatoriais”, destaca o autor. “Limite trata da tecnociência e o que isso poderá afetar nossas vidas. E O Caligrafista fala da importância da escrita como elemento essencial da humanidade e que se vê ameaçada com a IA”, diz.

“Com A Moranga Sagrada, a Cepe segue reforçando seu compromisso com a publicação de autores pernambucanos contemporâneos que se arriscam a investigar temas, formatos e questões de linguagem que ressoam no cenário atual”, declara a editora-assistente da Cepe, Gianni Gianni. A obra tem 110 páginas e é o mais recente livro do escritor.

O AUTOR - J.C. Marçal nasceu no Recife, tem graduação, mestrado e doutorado em Filosofia e atualmente é professor na UFRPE. Temas como solidão, morte, busca pelo sentido da vida, potência e impotência da existência e as diversas dimensões da realidade estão presentes em seus livros. Ele já tem publicados Diário de um Percurso Absurdo (romance, Edições Odisseu), Os Ciclos Tebanos (poesia, Edições Odisseu), Antologia da Novíssima Poesia Pernambucana (poesia, Edições Alighieri), Saga Cruciatus (contos, Edições Alighieri), A Tempestade (romance, Scortecci) e Mauristaad (romance, Editora Urutau).

Serviço:

Lançamento do livro A Moranga Sagrada - terça-feira (14), das 19h às 22h, no Orora Bar de Esquina (Rua da Aurora, nº 1.139, Santo Amaro, Recife-PE). Preço do livro: R$ 45 (impresso). Entrada gratuita

Cepe Editora/Divulgação

Cepe Editora/Divulgação

Capa do livro A Moranga Sagrada

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