Última noite do FestCine vai homenagear pioneiros do cinema pernambucano
A Cerimônia de Premiação é aberta ao público e terá início às 20h
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O 16º Festival de Curtas de Pernambuco, que desde o dia 1º tem ocupado o Cinema São Luiz, termina nesta sexta-feira, 5 de dezembro. Além da premiação aos vencedores das categorias Mostra Competitiva Geral (animação, documentário, experimental, ficção e videoclipe) e Mostra Competitiva de Formação (documentário e ficção), a noite também será marcada por homenagens a dois pioneiros do cinema pernambucano: Lula Gonzaga e Adriana Falangola.
Lula possui uma longa carreira dentro da cadeia audiovisual, como arte-finalista, animador, assistente de produção, de cenografia e de direção. É pioneiro do cinema de animação em Pernambuco e seu trabalho autoral inclui sete curtas-metragens nas mais variadas bitolas: Super-8, 16mm, 35mm e em vídeo. Iniciou sua trajetória no desenho animado em 1970, foi um dos realizadores do Ciclo do Super8 de Pernambuco e um dos primeiros associados da ABD (Associação Brasileira de Documentaristas). Coordenou diversos projetos de oficinas e mostras itinerantes de animação por todo país em especial no Norte e Nordeste. Atualmente, produz filmes de animação, coordena o Ponto de Cultura Cinema de Animação, o Cine Anima Itinerante e realiza o Músicas Animadas, projeto de série para TV de músicas de Pontos de Cultura musicais.
Adriana Falangola, ou Dona Dindi, é a única atriz remanescente do Ciclo do Recife, feito na década de 1920. É filha de Ugo Falangola, que veio pro Recife acompanhado do sócio J.Cambieri, cujas família foram dizimadas na I Guerra Mundial. Eles pretendiam ir ao Rio de Janeiro, mas o navio fez uma parada na cidade, onde acabaram se estabelecendo. Além da roupa do corpo, traziam consigo apenas equipamentos de cinema. Ainda criança, participava, com apenas seis anos, das vinhetas de abertura e encerramento dos filmes da produtora do pai, batizada de Pernambuco Filmes, a primeira a ser fundada na cidade, em 1920. Testemunhou as filmagens dos clássicos daquela época. Dona Didi participou de pelo menos quatro filmes, aos seis anos de idade: Veneza americana, Colégio Santa Margarida, Um passeio a Tejipió e Recife no centenário da Confederação do Equador. Depois de mais de 80 anos sem aparecer na tela, Dona Didi voltou a ser filmada com o curta-metragem Janela molhada (2010), de Marcos Enrique Lopes, que resgata as produções dos anos 20.
A Cerimônia de Premiação do FestCine é aberta ao público e terá início às 20h. Confira a programação completa deste último dia do festival:
Sexta-feira, 5 de dezembro
16h – Mostra de filmes de Animação com Libras (Parceria com o Dia Internacional da Animação)
Classificação indicativa: Livre
17h – Mostra de Curtas com Audiodescrição (Parceria com o Dia Internacional da Animação e Festival Ver Ouvindo)
Classificação indicativa: Livre
20h – Cerimônia de Premiação
Homenagem a Adriana Falangola (Dona Didi) e Lula Gonzaga
