O carnaval fora de época de Garanhuns
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Por Ana Elisa Freire
Para matar a saudade do carnaval e dos cortejos de blocos líricos, a tarde desta segunda-feira (22) foi mais que especial para o público que esteve presente no Palco Cultura Popular do FIG 2013, no Largo do Colunata. O cortejo, que saiu do Centro, próximo à Igreja Matriz de Santo Antônio, reuniu os blocos O Bonde, Cordas e Retalhos, Bloco da Saudade, Boêmios da Boa Vista e Salvaguarda do Frevo, além de colombinas e pierrôs ávidos por sentir um gostinho de carnaval, em pleno mês de julho.
O balé tradicional feito pelos integrantes dos blocos, acompanhados da orquestra regida pelo maestro Edson Rodrigues, contagiou jovens e idosos. Quando você menos esperava, estava lá, repetindo aqueles mesmos passos e cantando frevo, com uma nostalgia no olhar. A “juventude dourada”, como escreveu Capiba, foi a grande responsável pelo canto que, junto com o grupo tradicional de mulheres que faz parte do coral dos blocos líricos, entoou frevos tradicionais que traziam lembranças dos carnavais saudosos no Recife Antigo.
A junção de tantos blocos em um só cortejo abrilhantou ainda mais o momento. Mesmo todos juntos e no meio do público, era possível identificar as diferenciações entre os blocos, seja nos flabelos, no figurino, nas cores e até nos passos de cada um dos integrantes que mostrou porque o “Recife tem o carnaval melhor do meu Brasil”.
Frevo de rua
O desfile dos blocos líricos foi seguido pela apresentação dos flabelos dos blocos Pão Duro, Camisa Velha, Girassol da Boa Vista e Estrela da Boa Vista, além de grupo de passistas de frevo e dos bonecos gigantes do Seu Malaquias e de sua mulher. O Projeto “O Frevo é…” trouxe para o FIG, neste domingo (21) e segunda (22), um verdadeiro carnaval fora de época para o público de Garanhuns.
