Hoje é dia de celebrar uma das manifestações culturais mais expressivas de Pernambuco: o Dia Estadual do Cavalo Marinho. Instituído pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, o dia 29 de junho foi escolhido como a data para promover atividades de reflexão acerca da importância do brinquedo Cavalo Marinho para a história e cultura do Estado.

A brincadeira do Cavalo Marinho é uma forma de expressão tradicionalmente realizada pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais da região da Zona da Mata Norte de Pernambuco durante o período de junho a janeiro. Trata-se de uma espécie de teatro popular que representa o cotidiano (presente e passado), real e imaginário, deste grupo social brasileiro por meio da poesia, da música, dos rituais e de seus movimentos corporais.

Em 2014, o Cavalo Marinho foi reconhecido como Patrimônio Imaterial do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O processo de identificação deste bem cultural teve como base o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC), que foi aplicado pela Associação Respeita Januário (ARJ) e envolveu diversas cidades pernambucanas, tais como Itambé, Camutanga, Ferreiros, São Vicente Ferrier, Condado, Goiana, Aliança, Paulista (PE), Araçoiaba (PE), Lagoa de Itaenga (PE), Passira (PE), Feira Nova (PE) e Glória do Goitá (PE).

No site do Iphan é possível encontrar um dossiê aprofundado sobre o Cavalo Marinho, que está disponível para download gratuito. 

BRINCADEIRA – O Cavalo Marinho é uma forma de expressão tradicionalmente realizada pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais da região da Zona da Mata Norte de Pernambuco durante o período de junho a janeiro. Trata-se de uma espécie de teatro popular que representa o cotidiano (presente e passado), real e imaginário, deste grupo social brasileiro por meio da poesia, da música, dos rituais e de seus movimentos corporais.

A brincadeira contém personagens com máscaras (figuras), variados tipos de danças, um rico repertório musical, a louvação ao Divino Santo Rei do Oriente, momentos de culto à Jurema Sagrada e a presença de animais ou bichos, como o Cavalo e o Boi.

Sob o comando do Capitão, se realiza num terreiro em formato de semicírculo, em lugares planos e, normalmente, ao ar livre. Antigamente, era praticado nos engenhos e usinas de açúcar e tem suas raízes consolidadas nas senzalas como cultura produzida pelos negros e negras escravizadas sequestradas da África.

A importância do Cavalo Marinho, como visto, é inegável e por isso merece um Dia Estadual para que possa ser sempre referenciado nas atividades do Estado de Pernambuco, bem como faça parte do calendário oficial do Estado.